O astronauta Jeffrey Williams da NASA, que mantinha o recorde americano de dias cumulativos no espaço, diz acreditar que a ciência e a Bíblia estão em harmonia, não em conflito.
Na última quinta-feira (19), Williams participou da abertura de uma nova exposição no Museu da Bíblia, na cidade de Washington (EUA).
A exposição “Escritura e Ciência: Nosso Universo, Nós Mesmos, Nosso Lugar”, vai até janeiro de 2024 e explora a relação entre ciência e religião.
O astronauta afirmou que há uma “percepção pública de que a ciência e a Bíblia estão em conflito”.
“Tão cedo na minha carreira, ainda nos anos 90, passei muito tempo estudando o tema. A ciência moderna como a conhecemos, realmente surgiu da convicção de que a Bíblia era verdadeira e que Deus é o Criador, como Ele se revelou nas Escrituras”, relatou Williams.
Segundo Williams, os primeiros cientistas (Johannes Kepler, Isaac Newton, Michael Faraday e James Clerk Maxwell), eram impulsionados pela fé.
“Foi isso que deu origem à ciência moderna. A fé apenas comprovou meu entendimento sobre isso”, informou ele.
Afirmação de fé
De acordo com o portal Christian Headlines, viajar para o espaço proporcionou a Williams uma “profundidade” de compreensão de certas passagens bíblicas que ele não tinha anteriormente.
O astronauta mencionou a “obra de Deus como criador” e “Sua obra de sustentar Sua criação“.
“Há uma sensação de que é preciso muito mais profundidade, se você quiser obter significado e magnitude ao olhar através das lentes das Escrituras”, disse Williams.
“Portanto, foi uma experiência incrível sair do planeta e depois olhar para trás, para a parte do universo que chamamos de lar, que é exclusivamente provida para nossa habitação — como diz o profeta Isaías”, concluiu Williams.
O astronauta afirmou que acredita que sua profissão foi um chamado de Deus. Ele participou de quatro missões espaciais de 2000 a 2016, primeiro no ônibus espacial Atlantis e as três seguintes a bordo de um foguete russo Soyuz para a Estação Espacial Internacional.
Em 2010, Williams lançou um livro falando sobre fé, onde mostra seus registros do espaço. Foi intitulado, The Work of His Hands: A View of God’s Creation from Space — (tradução livre: O Trabalho de Suas Mãos: Uma Visão da Criação de Deus do Espaço).
Seus 534 dias cumulativos no espaço estão em segundo lugar entre os americanos e anteriormente em primeiro lugar antes de ser quebrado pela colega astronauta Peggy Whitson.
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