Assumir o púlpito de uma Igreja com a missão de pregar é uma árdua tarefa. A preparação começa dias antes com oração, estudos, anotações, leituras e por aí vai. Aos poucos, o sermão vai ganhando forma. Os tópicos vão aparecendo, as ilustrações se encaixando e as aplicações fazem nosso coração ferver. Entretanto, existem alguns COMPROMISSOS que o pregador deve assumir, caso queira oferecer um alimento sólido e sadio para o povo de Deus. Vejamos!
1 – Cristocentricidade
Cristocentricidade é o compromisso de colocar Cristo no centro de nossos sermões. Para tanto, devemos tomar o cuidado hermenêutico de não alegorizarmos os textos Bíblicos, especialmente as narrativas do Antigo Testamento, na intenção de enxergar Jesus em todos os livros e passagens e, assim, forçarmos o texto a dizer o que não diz.
É sempre importante um olhar, para as passagens Bíblicas, que questione: que função essa perícope exerce na metanarrativa, isto é, na grande história contada pela Bíblia? Essa pergunta nos ajudará a construirmos sermões mais cristocêntricos.
2 – Biblicidade
Biblicidade é o compromisso de ser bíblico. Isso não significa que o pregador precisa recitar um versículo decorado a cada três palavras. Ser Bíblico diz respeito a enraizar, profundamente, o sermão nas Escrituras. Talvez, o sermão expositivo seja o modelo mais favorável à Biblicidade. Contudo, independente do modelo de sermão a ser utilizado, o pregador deve ter em mente que o público deseja e precisa ser alimentado pela Palavra de Deus.
3 – Objetividade
Objetividade, nesse contexto, diz respeito ao compromisso de falar o necessário, de modo direto. Vivemos em um tempo em que tudo é urgente e as pessoas demandam respostas rápidas para tudo. Com isso, a atenção e a concentração do público dura pouco tempo. Sermões prolixos e longos tendem a não ser ouvidos com atenção. Por isso, ser objetivo é um compromisso importante do pregador. Nossa tarefa é transmitir de modo claro, preciso e profundo a mensagem da Palavra de Deus.
4 – Praticidade
Praticidade, na pregação, diz respeito ao compromisso de aplicar as verdades Bíblicas à realidade do público. É importante considerar que a um sermão não basta a leitura e a explicação do texto Bíblico. Um sermão narrativo, por exemplo, sem as aplicações não passa de uma contação de histórias Bíblicas. Alguns pregadores preferem fazer todas as aplicações ao final do sermão. Outros aplicam tópico a tópico. Penso que a melhor maneira de aplicar deve levar em conta o público. Por exemplo: o público pentecostal, geralmente, aceita melhor os sermões aplicados tópico a tópico. Uma boa pergunta que nos ajuda a tornar o sermão prático é: o que essa passagem comunica para os dias atuais?
Conclusão
Caso você não seja um pregador ou pregadora, mas goste de ouvir mensagens Bíblicas, sugiro que procure pregadores alinhados aos compromissos aqui apresentados.
Aos que são pregadores/pregadoras oro para que o Senhor nos conceda a graça para pregarmos mensagens Cristocêntricas, Bíblicas, objetivas e práticas para que o nome dEle seja glorificado!