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O inimigo vem com vontade,
utilizando de toda sua maldade
para querer me derrubar,
minha fé quer tentar tirar.

Quer pôr nos olhos meus
a dor e os sofrimentos seus.
Quer que eu derrame lágrimas
de desânimo, ódio e lástimas.

Tenta tirar o meu sorriso,
a alegria de que tanto preciso.
Que meu brilho eu venha perder.
Que eu não consiga vencer.

Põe dentro do meu coração
a dúvida, o ponto de interrogação.
No meu caminho, armadilhas mil.
Quer levar-me para o seu covil.

Mas para ele eu volto
com todo poder do alto.
Pelo sangue de meu Jesus,
derramado por mim na cruz.

Digo-lhe com toda bravura,
revestida com santa armadura:

“Satanás, sai-te depressa, agora!
Por Cristo eu tenho vitória!

A alegria que queres tirar,
em mim irá sempre reinar.
Contínuo e radiante é meu sorriso,
dele não conseguirás apagar o brilho.

Meu coração foi lavado
por Aquele sangue derramado.
Não venha sondar-me com bravura,
pois em Cristo eu estou segura.

E no céu com Ele vou viver.
E glórias a Ele vou render.
Aqui nada irás conseguir.
Não queiras, não tentes vir!

Pertenço ao meu Deus amado.
Por Ele já és derrotado!”

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Escrevi essa poesia no final do ano de 2008.

Ela expressa como eu posso enfrentar o inimigo de nossas almas pelo poder que eu sei que vem de Deus.

Eu estava à época em meio a um processo muito conturbado no meu viver. Morávamos eu e meus dois filhos em uma quitinete que nem janela tinha, apenas uma abertura parecida com claraboia sobre a área de serviço. Apelidei essa quitinete de “Caverna de Adulão”, pois foram quase 12 meses em que pude perceber de forma tangível o cuidado de Deus para comigo e meus filhos mesmo no sofrimento que experienciava.

Em uma manhã eu me levantei da cama com a alma muito pesarosa, sentia uma opressão interna intensa, e só me lembro (como se fossem flashes de imagens) de meus filhos me pedindo a bênção e saindo para o colégio e logo depois eu estava deitada no chão da minúscula cozinha e com uma dor na parte lateral da cabeça. Creio que devido à angústia tão intensa eu tenha desmaiado e batido a cabeça na beirada do fogão ou da pia (ficou um calombo)…

Liguei para uma amiga e pedi para ela ir rápido lá a casa me ajudar.

Enquanto ela não chegava, segurei na bancada da pia, sem ter muita força, mas me levantei e literalmente falei para o diabo: “Você pode até me ver rastejando, mas jamais vai me ver SAINDO DO CAMINHO! Pois não vou negar que Cristo está comigo até nesse momento! Saia daqui agora!”

Falei isso umas 3 ou 4 vezes.

Chorei!

Orei!

Clamei por misericórdia ali, sozinha, naquela pequena cozinha…

Escrevo isso com lágrimas nos olhos, mas não de tristeza, mas sentindo a alegria por poder agora lhe dizer: logo após essa fala de repreensão ao inimigo, literalmente expulsando-o, e depois orando a Deus, senti uma paz tão intensa em meu interior, uma alegria que é difícil de expressar em letras, que quando minha amiga chegou já me encontrou mais ativa, pronta para poder terminar de me ajeitar e ir para meu trabalho.

Foi final desse dia de 2008 que eu escrevi essa poesia, antes de me deitar…
    

Hoje posso lhe dizer que é possível, sim, viver a paz e a alegria que excede todo o entendimento humano, mesmo que estejamos em meio a pressões, opressões e provações, pois Deus nos diz em Sua Palavra: “Contudo, em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio Daquele que nos amou.” (Romanos 8:37 BKJA), ou seja, somos vencedores, não por causa de nossas habilidades, força ou capacidade, somos vencedores porque estamos escondidos nas Mãos Furadas de Cristo, que nos amou e por nós morreu.

Ele é o vencedor! 

Ele é o Leão da Tribo de Judá! (Apocalipse 5:5)

Deus lhe abençoe!

Ana Paula Pinheiro

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